Por que o silêncio incomoda mais do que o barulho? – uma reflexão que te cutuca

Por que o silêncio incomoda mais do que o barulho?
Porque ele não distrai. Ele revela.
Enquanto o barulho abafa, o silêncio amplia.
Amplia medos, memórias, vozes internas.

Este texto não vem dar respostas prontas.
Vem te deixar com perguntas que você evita.
Porque é no silêncio que a alma fala mais alto —
e nem sempre estamos prontos para ouvir.


Poema

Silêncio não é ausência de som.
É presença demais.

É quando a mente grita o que o corpo tenta calar.
É quando o tempo para e tudo vem à tona:
A culpa, o desejo, a dúvida.

O silêncio não é vazio.
É cheio de tudo o que ignoramos por barulho demais.


O incômodo do silêncio: o que ele revela?

O silêncio nos desconcerta porque tira a bengala do ruído.
Sem o som, sobra o ser.
E isso assusta.

O silêncio é um espelho cruel: mostra sem filtro.
Mostra o que sentimos, mesmo sem querer.
Mostra onde dói, onde falta, onde transborda.

Não é o silêncio que dói.
É o que ele nos força a escutar.


Um olhar filosófico

Pascal dizia: “Todos os problemas do homem derivam de sua incapacidade de ficar sozinho em silêncio em seu quarto.”

Schopenhauer via o silêncio como um lugar de lucidez dolorosa.
Nietzsche, como o terreno da criação autêntica.

O silêncio é uma ruptura com o mundo.
Mas também é a porta para o encontro consigo.
Controlar a ansiedade? Buscar sentido? Recomeçar?
Tudo começa ali — no espaço que o barulho esconde.


Uma escuta clínica

Na clínica, o silêncio é ferramenta e diagnóstico.
É quando o paciente silencia que o inconsciente fala.
A pausa revela mais que mil palavras.

Muitos têm medo do silêncio, porque foram ensinados a se distrair —
não a se escutar.

Mas a escuta começa no silêncio.
E o silêncio só é insuportável quando não suportamos a nós mesmos.


Como usar o silêncio como cura?

  1. Não fuja. Ficar em silêncio não é perda de tempo — é retomada de si.
  2. Observe o desconforto. O que surge quando tudo cala?
  3. Escreva o que vem. A palavra escrita é tradução da alma.
  4. Fique. O silêncio assusta no início. Depois, acolhe.
  5. Procure escuta. O silêncio não precisa ser solitário. Pode ser compartilhado.

Conclusão

O silêncio incomoda porque tira o disfarce.
Ele revela o que está por trás da máscara do “tudo bem”.

Mas talvez o que você precisa não é fugir dele.
É atravessá-lo.
Porque do outro lado, talvez você se escute pela primeira vez.

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Teremos o maior prazer em ouvir seus pensamentos

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