Como controlar a ansiedade? – uma reflexão que te incomoda

Como controlar a ansiedade? Não com frases prontas. Não com pílulas de efeito rápido que apenas silenciam o síntoma. Este artigo não oferece um alívio superficial. Ele propõe um mergulho. Porque controlar a ansiedade não é sufocar o que sentimos, mas reconhecer o que insiste em falar quando tudo em nós quer calar.

Aqui, você vai encontrar um poema, uma reflexão filosófica e uma escuta clínica. Porque aprender como controlar a ansiedade é antes de tudo um ato de coragem interna. E de presença.


Poema

A ansiedade não grita: ela sussurra alto.
Disfarçada de pressa, vestida de urgência,
Ela me toma pela mão e diz:
“Anda logo. Se você parar, vai doer mais.”

Mas eu parei.
E na pausa, ouvi o que era meu.
Ouvi um medo antigo,
Um eco esquecido,
E a vontade de voltar para um lugar que nunca existiu.


Como controlar a ansiedade? Escutando o que ela quer dizer

Controlar a ansiedade é menos sobre controle e mais sobre compreensão. A ansiedade emocional nasce muitas vezes de um espaço não habitado por nós mesmos. Ela cresce no vácuo da escuta. Nos silências acumulados. Nos desejos empurrados para debaixo do tapete.

Quando perguntamos “como controlar a ansiedade?”, talvez devêmos perguntar primeiro: o que estou evitando escutar em mim?


Um olhar filosófico

Nietzsche nos alertou sobre os perigos da repressão. Kierkegaard, sobre o desespero de não ser quem se é. E Byung-Chul Han descreve a sociedade do cansaço como um lugar onde o excesso de positividade nos asfixia.

Controlar a ansiedade, portanto, não é buscar serenidade fingida, mas encontrar lucidez em meio ao caos. Filosofar sobre a ansiedade é encarar o abismo com olhos abertos, não com mantras vazios.


Uma escuta clínica

Como psicanalista, afirmo: a ansiedade é muitas vezes a linguagem do que foi reprimido. Uma manifestação do que não teve palavra, mas teve corpo. Saber como controlar a ansiedade é reconhecer que ela tem um sentido.

Na clínica, escutar o paciente é como decifrar um poema inconsciente. Cada sintoma carrega um texto oculto. E todo controle verdadeiro vem após a compreensão do texto.


Prática: o que você pode fazer agora

  1. Respire com consciência. A ansiedade prende o fôlego. Liberá-lo é retomar o corpo.
  2. Escreva. Nomear o que se sente é enfraquecer o que te domina.
  3. Silencie. O barulho externo só encobre o interno. Dê espaço ao incômodo.
  4. Procure escuta qualificada. Saber como controlar a ansiedade é, muitas vezes, aceitar que não precisa fazer isso sozinho.

Conclusão

Como controlar a ansiedade? Comece parando. Escutando. O incômodo é um convite. A dor, uma seta. A urgência, um espelho. O controle que liberta não vem da imposição, mas da compreensão.

Se quiser receber uma reflexão como esta, profunda e incômoda, toda semana.

E se sentir que a ansiedade já não fala, mas grita, talvez seja hora de agendar uma conversa que não silencie, mas traduza.

Teremos o maior prazer em ouvir seus pensamentos

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